sábado, 31 de janeiro de 2015

SAIU SEM PEDIR PERDÃO

Coração endoideceu?
Não vê quem é que não quer?
Siga atrás de outra mulher
Que queira o que a ela deu
Ela nunca mereceu
Desdenhou letra e refrão
Deixando esta sensação
De vazio só por maldade
Depois de plantar saudade
Saiu sem pedir perdão!
(Merlânio Maia)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O POETA, A CRIANÇA E AS ESTRELAS


O POETA, A CRIANÇA E AS ESTRELAS
Merlânio Maia

Era uma vez um poeta
No seu constante pensar
Querendo das leis da vida
O mistério desvendar
Sai a andar pela praia
Molhando seus pés no mar

Quando avista lá na frente
Uma cena de estranhar
Uma criança tão bela
Que deixara de brincar
Pra jogar no oceano
As estrelinhas do mar

No verão as ondas vinham
Trazendo estrelas do mar
Depositando na praia
Era assim quase um bailar
Logo as estrelas morriam
Nesse calor de matar

E a criança nesta luta
Quase sem poder parar
Socorrendo as estrelinhas
E as devolvendo ao mar
Era um esforço tão grande
Que dava dó de olhar

E o poeta diz: Menino!
Ninguém pode ajudar
Que diferença farás
Diante da força do mar?
Pois milhões irão morrer
Sem que as possa salvar

E a criança suada
Sem nem pensar em parar
Fala com a sabedoria
De quem já sabia amar
- Pra essa eu fiz diferença!
E joga a estrela no mar

E o poeta surpreso
Volta pra casa a pensar
Na omissão que há no mundo
E no muito a realizar
Cada um tem uma parte
Quem haverá de esquivar?

No outro dia bem cedo
Na praia daquele mar
Quem passou observou
Que havia um homem a salvar
Estrelas, era o poeta,
E as devolvia ao mar!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

EIA VOZ


EIA VOZ!
Merlânio Maia

Já pensava Voltaire: - Defenderei
O direito de voz que é seu confesso
Muito embora o que penso seja o avesso
Porém, por sua voz, eu morrerei!

Se o filósofo assim se justifica
Pela rica e profícua discussão
No debate que dá convicção
E a razão surge e a nós dignifica

Por que é que há em tanto segmento
O cerceiar da voz, da vez e os vis
Enfileiram-se mostrando perfis
Sem dar voz, nem dar vez ao pensamento?!

Que o meu grito arrebente as tais correias
Que o meu canto, no encanto seja a voz
Que o discurso de amor desarme o atroz
E arrebente a corrente, a algema, a peia!

Que o meu nome seja adjetivado
Como o canto real tonitruante
Que rompeu o tal silêncio infamante
E deu luz ao que sonhava calado

Eia Voz! Ressuscita o pensar certo
Que jazia no túmulo da mordaça
Corre solto pela alameda, praça,
Leva o encanto, és um cidadão LIBERTO!




INCRÍVEL! PARTITURA MEDIÚNICA DE MOZART FOI ENCONTRADA.






INCRÍVEL! PARTITURA MEDIÚNICA DE MOZART FOI ENCONTRADA.

Música de além-túmulo
Revista Espírita, maio de 1859

O Espírito de Mozart veio ditar ao excelente médium, Senhor Bryon-Dorgeval, um fragmento de sonata. Como meio de controle, esse último fê-la ouvir por vários artistas, sem indicar-lhes a fonte, pedindo simplesmente que cor encontravam nesse trecho; cada um nele reconheceu, sem hesitação, a marca de Mozart. 
Foi executado na sessão da Sociedade, do dia 8 de abril último, em presença de numerosos conhecedores, pela senhora de Davans, aluna de Chopin e pianista distinta, que consentiu em prestar seu concurso. 
Como ponto de comparação, a senhorita de Davans, preliminarmente, fez ouvir uma sonata composta por Mozart quando vivo. 
Não houve senão uma voz, não só sobre a perfeita identidade do gênero, mas ainda sobre a superioridade da composição espírita. 
Um trecho de Chopin foi em. seguida executado pela senhorita de Davans, com seu talento habitual. Não se poderia perder essa ocasião de invocar esses dois compositores com os quais se teve a conversa seguinte:

1. Sem dúvida sabeis qual o motivo que nos fez chamar-vos?

Mozart: - R. Vosso chamado me dá prazer.

2. Reconheceis o trecho, que se acabou de tocar, como sendo ditado por vós

Mozart: - R. Sim, muito bem; eu o reconheço inteiramente. O médium, que me serviu de intérprete, é um amigo que não me traiu.

3. Qual dos dois trechos preferis?

Mozart: - R. O segundo, sem paralelo.

4. Por quê?

Mozart: - R. A doçura, o encanto nele estão mais vivos e com mais ternura, ao mesmo tempo.

Nota. - Com efeito, essas são as qualidades reconhecidas nesse trecho.

5. A música do mundo que habitais, pode ser comparada à nossa?

Mozart: - R.Ser-vos-ia difícil compreendê-la; temos sentidos que não possuis.

6. Disseram-nos que, em vosso mundo, há uma harmonia natural, universal que não conhecemos neste mundo.

Mozart: - R. É verdade; na vossa Terra, fazeis a música; aqui, toda a Natureza faz ouvir sons melodiosos.

7. Poderíeis tocar, vós mesmo, no piano?

Mozart: - R. Poderia, sem dúvida, mas não o quero; é inútil.
8. Isso seria, no entanto, poderoso motivo de convicção.

Mozart: - R. Não estais convencidos?

Nota. - Sabe-se que os Espíritos jamais se prestam às provas; freqüentemente, fazem espontaneamente o que não se lhes pedem; esta, aliás, entra na categoria das manifestações.

Kardec também fazia comercial;

Retirado da Revista Espírita de 1859:

nota. - O fragmento de sonata ditado pelo Espírito de Mozart acaba de ser publicado. Pode-se procurá-lo, seja no Escritório da Revista Espírita, seja na livraria espírita do senhor Ledoyen, Ralais Royal, galeria de Orléans, 31 - preço: 2 francos. -Será remetida franqueada, contra remessa de uma ordem dessa quantia.

INCRÍVEL!!!
A PARTITURA FOI ENCONTRADA

Esta partitura de que trata o diálogo acima, do trecho da sonata, foi encontrado em 2004, numa biblioteca londrina, e remetido à Federação Espírita Brasileira. O engenheiro Alexandre Zaghetto reconstituiu a partitura no computador e a postamos aqui para quem quiser escutá-la basta clicar no link a seguir: http://www.espiritismo.net/Fragment_de_Sonate.mp3

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/1859/05b-musica-de-alem.html (1 of 3)7/4/2004 09:10:21

MORTE SERENA...


MORTE SERENA...
Merlânio Maia

Não tenho medo da morte
Mas digo, sinceramente,
Queria era ter a sorte
De morrer tranqüilamente
Dormindo qual avô meu
Que bem sereno morreu.
Mas Deus me livre de um dia
Eu morrer no desespero
Igual aqueles romeiros
No ônibus de passageiros


Que meu avô dirigia!

GEME E CHORA A NATUREZA


No seu imo a Terra chora
Vendo a vida se esvair
E o homem, mau, poluir,
Toda a fauna e toda a flora
Mas a ganância devora
Mata a mata e seca o chão
O mar vai virar sertão
Sertão vai ser chama acesa
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Santos Dumont, o inventor,
Não agüentou, morreu!
Só porque o invento seu
Virou arma de terror
Das asas cai o pavor
Das bombas cuja explosão
Penetra no coração
Da Terra qual chama acesa
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Indústrias poluem rios
Navios poluem mar
Tanto incêndio infesta o ar
Veneno desce aos baixios
São grandes os desafios
A Terra perde o pulmão
E o homem já sem razão
Inda amealha riqueza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Quem herdar este planeta
Herdará dor, sofrimento,
Muita tristeza e lamento
Tanta sede e a peste preta
Vírus feitos em proveta
Doenças em profusão
Tudo que é mutilação
Da genética à torpeza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Morrem os rios cantando
Morre a mata, morre o ar,
Morrem os peixes no mar,
Que o plâncton vai se acabando
O ser humano ceifando
A vida do seu irmão
É o demônio da ambição
Buscando a torpe riqueza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Ver isso nos causa dor
Geleiras descongelando
E o planeta esquentando
Gerando um forte estupor
A sina de Cantador
Faz gritar minha canção
Rompendo essa maldição
De silencio e de fraqueza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Não se vê mais passarinho,
Com seu canto pra alegrar
Chora quem pode chorar
Na Terra, triste e sozinho,
Não há casa, lar ou ninho,
Não há filho nem irmão,
Não há país nem nação
Só rios de lava acesa
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Oh! Grande mãe, doce Terra,
Não permite aos filhos teus
Distanciados de Deus
Virarem filhos da guerra
Nos toma nas mãos e encerra
Chama a força do tufão
Ensina ao filho malsão
Teu poder e realeza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

CONTOS DE MENINO SERTANEJO


CONTOS DE MENINO SERTANEJO
Merlânio Maia

O meu sabiá que voava cantando
Pousava a meu mando no meu dedo fino
Criava rolinha, Cancão e Burguesa,
Enchi de beleza o tempo de menino

Me lembro com raiva que a minha palhoça
Distava da roça talvez meia légua
E quando cheguei tava morto o cancão
Foi o gavião, "Bicho fí duma égua!"

Peguei a espingarda botei um cartucho
Procurei o bucho do amaldiçoado
E ele cantava a zombar do meu medo
Puxei logo o dedo e matei o malvado

Histórias que conto, que canto e recito
De um tempo bonito repleto de paz
Menino feliz lá da zona rural
Que da Capital não esqueço jamais!

NOVA ONDA DA MENTIRA

NOVA ONDA DA MENTIRA
Merlânio Maia


Doutor, eu nasci num mundo
Diferente da cidade
Cresci-me, desenvolvi-me
Numa terra de verdade
Que é chamado sertão
Onde o maior palavrão
É a desonestidade

Mas a verdade hoje em dia
É ridicularizada
A mentira hoje é virtude
Que deve ser cultivada
Seja em círculos sociais
Em palanques, tribunais...
Como carta a ser jogada

Mente o filho para os pais,
Mente a mulher pro marido,
Mente a moça de família,
Mente vítima e bandido,
Mente o bandido ao juiz,
Pois se crescesse o nariz
O mundo estava perdido

Mente o juiz e prefeito,
E mente o vereador
Mente o maior presidente
E mente o governador
Mente o policial
Mente quem escreve o jornal
Mente o doente e o doutor

Quem mente sabe que mente
E que o outro está mentindo
Se o pensamento se ouvisse
Desatino se ia ouvindo
- Ô cabra mais mentiroso!
- Não me minta seu tinhoso!
- Essa eu não vou engolindo!

Pensa a mulher do marido:
- Eu sei que é tudo mentira!
E o marido da mulher:
- Êta bichinha traíra!
E o pai pensa com a filha:
- Pensei que era de família!
Ali a mentira agira

De tudo que degenera
A mentira vem na frente
Quem não mente nesta vida
Fica logo diferente
E passa a ser perseguido
Atentado e corrompido
Num mundo que sempre mente

É hora de dar um basta
Em tanta hipocrisia
Dignidade e respeito
Eis um som que arrepia
E fazer como a criança
Que não mente e nem se cansa
E a verdade é alegria

O JUMENTO É NOSSO IRMÃO

O JUMENTO É NOSSO IRMÃO
Merlânio Maia


Muitos pensam o contrário
Sobre o que são os animais
Muito mais inteligentes
Que muitos racionais
Que muito ser arrogante
Que se intitula pensante
Mas vive sempre no mal
E é tão curto no seu tento
Que chamá-lo de jumento
É ofender o animal!

Veja quanto ser pensante
Destruindo a natureza
E observe os ruminantes
Que se entregam à dureza
Ajudando o ser humano
No atual progresso isano
E depois de tanto usá-lo
Explorá-lo o tempo inteiro
Na vil busca por dinheiro
Ainda resolve matá-lo!

Ah! Bicho bruto este homem
Desalmado, inconsciente
Devorador das espécies
Se arvorando onipotente
Destruidor com certeza
Não respeita a natureza
Pois lhe falta a gratidão
Por isso digo e repito
Aquele jargão bonito:
"O jumento é nosso irmão!"

Foi quem carregou Jesus
Na sua fuga pro Egito,
Na entrada em Jerusalém
Sem sela, manto ou cambito,
O jegue já fez história
Quem não mantém na memória
Da mula de Balaão
Não foi ela quem falou
Mas ali se comprovou
Que o jumento é nosso irmão

Dócil, amável, sereno,
Manso de agradar menino
Serve sempre e não murmura
Pense um animal divino!
Chico Xavier o amava
E sempre se comparava
Com um jumento do sertão
Mas o homem é arrogância,
Prepotência e petulância...
O jumento é nosso irmão!

Quem dera o homem aprendesse
Com tão simples animal
Que vive a nos dar exemplo
De paciência real,
De enorme lealdade,
Descomunal humildade
E grande disposição
Por isso digo e repito
Tirando o rincho e o grito
O jumento é nosso irmão!

IMAGINA




IMAGINA
Merlânio Maia

- Menino, menino, que fazes parado,
Assim concentrado com um livro na mão?
- Meu livro é um portal, que após muito treino,
Abriu-me este reino da imaginação!

Voltei ao passado, me vesti de ouro,
Encontrei tesouros, me aventurei,
Roubei a princesa, fui príncipe forte,
Fui dono da sorte, nos reinos fui rei!

Também fui cientista, sondei o universo,
Em nave a diversos dos mundos eu vi,
Achei tanto amigo, vencemos batalhas,
Ganhamos medalhas, pois muito aprendi!

Virei um poeta ao sabor do saber,
Somente por ler se aprende e se ensina,
E chega mais longe, e vence os caminhos,
E não está sozinho: Imagina, imagina,
Imagina, imagina, imagina, imagina!!!

O FOLCLORE BRASILEIRO


O FOLCLORE BRASILEIRO
Merlânio Maia


Tem cuidado caçador
Que lá vem Dona Caipora
Que tem pelo cabeludo
Não tem chapéu, nem espora
Mas monta num porco do mato
Se és matador de fato
Caipora te pega agora!

O filho após sete filhas
Em noite de Lua cheia
Meia noite, meia hora,
Meia volta, volta e meia
Se transforma em lobisomem
Não é mulher, nem é homem
Garra e pêlo, ô coisa feia!

O boitatá não é boi
Só tem um olho na testa
É um protetor da mata
E se esconde na floresta
Mas tem um rabo que sobra
O resto parece cobra
Faz da crença sua festa!

Ouve um relincho bem triste
Basta apenas que anoiteça
Soltando fogo na frente
A assustar quem apareça
Correndo dentro das matas
Dando coices com as patas
É a mula sem cabeça!

Negrinho de perna só
De carapuça encarnada
Pulando dentro da mata
De estridente gargalhada
É o saci nas diabruras
Pererê que na cultura
É Coisinha endiabrada!

Negrinho do Pastoreio
Menino estraçalhado
Por seu dono tão cruel
Senhor do mal, desalmado
Negrinho ao morrer seduz
Voltando cheio de luz
Pelo povo idolatrado!

Dentro do Rio Amazonas
Nas águas de remansar
Vive a poderosa Iara
Cantando pra encantar
Os mais jovens ribeirinhos
Cheia de encanto e carinho
Pra com eles se casar!

Dele todos agressores
Fogem com medo da ira
Quem mata e destrói a mata
Teme e tremendo se vira
Com pavor do indiozinho
Pés pra traz e bem ruivinho
Que é o próprio Curupira.

Assim é o nosso Folclore
Cheio de sabedoria
Que protege nossas matas
Contra toda tirania
Contra a ambição do tirano
Educando o ser humano
Com cultura e alegria.




quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

ME POETO

Dentro de mim mora um Anjo
Vizinho de um Demônio
O Demônio toca Banjo
O Anjo alimenta o sonho
Se esse meu Demônio cresce
Meu Anjo desaparece
Então me encho de afeto
Vivo alimentando sonho
Canto e danço e sou risonho
Pra equilibrar me poeto!
(Merlânio Maia)

FUI PESCADOR DE SAUDADES

Nos descaminhos do amor
Já fui rei, já fui vassalo,
Me regalei, fui regalo,
Já fui caça e caçador
Conheci prazer e dor,
E afoguei minha emoção
Mas perdido na ilusão
Aprendi grandes verdades
"Fui pescador de saudades
Nas praias do coração".
(Merlânio Maia)

QUANTO VALE A ARTE?


QUANTO VALE A ARTE?
Merlânio Maia

Quanto vale a Arte?

Não há como mensurar um valor para uma coisa tão complexa que nos enriquece a alma, nos aumenta a qualidade de vida, nos dá saúde emocional, nos melhora o humor, nos alegra, nos emociona, nos motiva, aponta caminhos e muda os paradigmas da vida.

Quanto vale esta coisa chamada Arte que proporciona tudo isto?

É bem por isto, que tudo que se paga ao artista é inferior ao que ele pode proporcionar.

E com esta consciência foi que Léon Tolstoi disse que não há como pagar a Arte, por ser impossível colocá-la como produto. O que se paga ao artista é o seu conforto, sua presença e sua sobrevivência, sua estrutura para mais criar, mas a Arte não tem preço. O maior valor que se colocar nela ainda é muito injusto.

Quanto vale a Saúde, a Alegria, a Paz, a Beleza, a Natureza, a Liberdade, a Esperança, a Arte?

sábado, 17 de janeiro de 2015

MERLÂNIO MAIA EM GALOPE À BEIRA MAR

MERLÂNIO MAIA EM GALOPE À BEIRA MAR

Nasci no Sertão me criei sertanejo
Foi Itaporanga o meu berço querido,
Sou paraibano, meu canto é sentido,
Igual o que sinto, o que ouço, o que vejo,
Nordestinidade é o canto que festejo
Deixando a viola me hipnotizar
Seu canto de encanto fez-me apaixonar
De lá até hoje meu verso é um emblema
Levando o Nordeste dentro de um poema
Trazendo o Sertão para a beira do mar!

Repente, embolada, desafio, poesia,
Os cocos de roda, mazurca e baião,
Forró pé de serra com xote e rojão,
Aboio dolente, ou viola vadia,
Cordel declamado de noite e de dia
Foi a educação do meu pré-escolar
O banco da escola foi pra completar
Pois tudo que eu tenho a poesia me deu
De verso em cascata o meu peito se encheu
Cantando galope na beira do mar!

Por todo o Nordeste cantei com amor
Em Shows, em Congresso e até Cantoria,
As crenças diversas ouviram a poesia
Que trago na alma e derramo aonde for
Inflama-me o peito como o do Condor
Com a força que o verso nasceu pra levar
Com a rima e com a métrica peculiar
Do som tão precioso nascido do povo
Que remoça o velho e dá juízo ao novo
Cantando galope na beira do mar!

A IMPUNIDADE BRASILEIRA E A PENA DA INDONÉSIA

O brasileiro  Marco Archer Cardoso e outros quatro estrangeiros, apesar dos vários pedidos de clemência, serão fuzilados hoje às 15:00h de Brasília, na Indonésia.

É uma lástima essa falta de perdão! Sem se dar uma segunda chance aos réus.

Contudo, cremos que o sentimento de impunidade, que há no nosso país, tem estimulado tais atitudes tolas que raiam a estupidez.

Como conduzir 13. 4 kilos de cocaína e ainda crer que vai se sair bem dessa loucura? Somente os que acreditam na blindagem da impunidade.

No Brasil, se apreende até helicóptero com quase meia tonelada de cocaína e a ninguém é preso, somente é presa a cocaína, como se ela estivesse entrado no helicóptero sozinha e, sozinha fizesse tal vôo.

Qual a lógica disso, caba véi?

Agora pergunto: Será que isto não reflete na ingenuidade e imbecilidade dos jovens que imaginam que podem ganhar dinheiro sem esforço? Se dar bem na lei de Gerson? Claro que sim!

Esta impunidade absurda do nosso país é culpada por esta consciência de que se pode cometer crimes e se safar.

Mas fica a dica. Chega momento e lugar que crime é crime e nem a presidenta Dilma tem poder de evitar a execução da pena. Olha aí!
#Fica_a_dica_aos_tolos!

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

MEU DESABAFO

MEU DESABAFO
por Merlânio Maia

Meu desabafo de hoje é contra a nuvem negra que começa a se formar no mundo, com vistas a uma guerra santa. Uma Nova Cruzada!

O crime que se cometeu em Paris contra os cartunistas da Revista Charlie Hebdo, pode não ter sido cometido pelos homens que foram assassinados. Já há denúncias que tudo pode ter sido forjado!

Quem pode saber, meu Deus?

E os franceses e o mundo inteiro se ressentiu, sob a batuta da mídia. Mídia essa que sequer liga para as chacinas feitas pelos judeus contra os palestinos, nem para as guerras criadas pelos americanos para salvar sua indústria bélica.

Agora a Europa, guerreira que já matou tanto, pode ter criado a desculpa para desferir golpes mortais aos países muçulmanos numa guerra santa, a última Cruzada!

Talvez o planeta não suporte mais esta guerra em busca de pilhagem para solucionar os problemas econômicos que se criou com a crise recente. Talvez seja o início de uma Terceira Guerra Mundial. Agora com armas mais letais e atômicas. Ninguém sabe o desfecho!

O anti-islamismo pode acender o pavio.

O mal dito estado islâmico, que não é estado coisa nenhuma, apenas fanáticos e fanatizados com o Corão na mão, que jamais leram, pois este prega a Paz no mundo e o respeito ao outro, mesmo que seja diferente, congrega fanáticos e atormentados pela psicopatologia, foi fomentado e alimentado pelos EUA, para atingir a Rússia, mas agora não interessa mais, então pode servir de desculpa para o Armageddon final.

Quando este mundo do capital financiará a vida e a cura, ao invés da morte, da viuvez, da orfandade?

Quando a ganância humana permitirá que tenhamos Paz? Em que tempo, veremos a Arte e a beleza de todos os países, unidas, sendo cultuadas como a verdadeira fraternidade entre as nações do mundo?

Ainda haverá tempo de afeto, tempo de compaixão, tempo de rir e de dançar com irmãos de outras Terras?

Ainda espero este Tempo!

Como diria Caetano na sua Oração ao Tempo: Vou te fazer um pedido: Tempo, tempo, tempo, tempo!